Pequim tem novo recorde de casos de covid-19 e governo chinês fecha restaurantes e escolas

Estadão – Foto: Jade Gao/ AFP – Por Redação – 22/11/2022 | 08h29

China registrou 28 mil casos de covid-19 nesta terça-feira. 22, com cerca de 1.500 apenas na capital; governo recrudesceu medidas restritivas
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PEQUIM – A capital chinesa, Pequim, registrou um recorde de novos casos de covid-19 nesta terça-feira, 22, em meio a um surto que provoca restrições na cidade, como o fechamento de escolas e restaurantes ou a imposição do teletrabalho, o governo chinês amplia medidas restritivas para manter sua política de zero covid.

A China tem vários focos ativos da doença e registrou 28 mil novas infecções nesta terça, muito próximo do recorde histórico desde o início da pandemia, informaram as autoridades de saúde. Os principais focos estão na província de Guangdong e na cidade de Chongqing, com mais de 16 mil e 6.300 novos contágios.

Em Pequim, os casos dispararam nos últimos dias, passando de 621 no domingo a 1.438 nesta terça-feira, um recorde para a cidade.

A segunda maior economia mundial mantém a política de ‘covid zero’, que gerou bons resultados no início da pandemia, o que inclui confinamentos repentinos, testes em larga escala e quarentenas prolongadas.

Mas os focos recentes testam os limites da estratégia e as autoridades hesitam no momento de determinar confinamentos como o implementado em abril durante dois meses em Xangai, o que abalou a economia e a imagem internacional do centro financeiro.

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Três idosos de Pequim com comorbidades morreram vítimas de covid durante o fim de semana, informaram as autoridades, as primeiras vítimas fatais da pandemia na China desde maio.

Embora a capital tenha evitado um confinamento completo, as autoridades colocaram diversos edifícios em quarentena e exigem um teste negativo nas últimas 24 horas para autorizar a entrada na maioria dos locais públicos.

Durante o fim de semana, os moradores receberam a recomendação para permanecer em casa e evitar os deslocamentos entre distritos.

Atrações turísticas, academias e parques foram fechados. Eventos com grandes públicos, incluindo shows de música, foram cancelados.

A China anunciou em 11 de novembro a flexibilização de algumas medidas anticovid para “otimizar” o impacto econômico e social das medidas de saúde, como a redução da quarentena obrigatória para viajantes que chegam do exterior.

Algumas cidades cancelaram os testes em larga escala de covid na semana passada, mas algumas retomaram a medida alegando dificuldades para controlar a transmissão da variante ômicron.

A cidade de Shijiazhuang (norte), que havia cancelado os exames em larga escala, iniciou um confinamento parcial./ AFP

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