Indústria marítima agora lida com excesso de contêineres

No auge da pandemia, a escassez de contêineres afetou a economia global e as taxas de fretes. Agora, o problema é oposto: há excesso de contêineres, alerta a CNBC. Os depósitos de contêineres — usados para abrigar os contêineres após serem descarregados — agora estão lotados ou cheios, levando os armadores a lidarem com a redução dos fretes. Segundo especialistas, o quadro aponta para queda na demanda global e desaceleração econômica.

Traders e transportadores dizem que o declínio na demanda global do consumidor não é um sinal de que a economia global está se normalizando após uma corrida frenética de consumo pós-bloqueio, mas uma mudança para baixo no apetite pelo consumo.

Para reduzir o volume nos terminais de armazenamento, portos como o de Houston começaram a cobrar taxas por contêineres vazios parados por mais de sete dias.

O mais recente Índice Mundial de Contêineres composto da Drewry — uma referência importante no segmento — caiu para US$ 2.773 por contêiner de 40 pés. É 73% menor do que o pico em setembro do ano passado.

As blank sailings — viagens em branco ou canceladas — também estão aumentando. Uma navegação em branco acontece quando uma empresa de navegação decide pular um porto ou uma etapa inteira de sua programação para gerenciar mudanças na demanda e na capacidade.

A Drewry avalia que o quadro atual é de 14% viagens canceladas nas principais rotas de transporte de contêineres. Na semana passada, o maior grupo de transporte marítimo do mundo, a Maersk, alertou os investidores, durante a divulgação seus resultados do terceiro trimestre, que esperassem lucros menores com o transporte marítimo.

Os armadores estão distribuindo contêineres para reduzir a aglomeração nos depósitos, enquanto muitos recorreram a viagens em branco.

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