Dólar fecha em baixa após aprovação da PEC da Transição em 1º turno

Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana teve queda de 0,06%, vendida a R$ 5,2030.

O dólar voltou a fechar em baixa nesta quarta-feira (21), na medida em que investidores aguardam a conclusão da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição na Câmara dos Deputados.

O texto, aprovado ontem em 1º turno na Câmara, abre espaço para manter o pagamento do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) em R$ 600 e para reajustar o salário-mínimo acima da inflação.

Assim, após uma manhã de volatilidade, o dólar fechou a sessão desta quarta-feira em queda de 0,06% ante o real, cotado a R$ 5,2030.

No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 1,93%, vendida a R$ 5,2061. Com o resultado desta quarta, o dólar passa a acumular uma leve alta de 0,03% no mês. No ano, tem queda de 6,67%.

O que está mexendo com os mercados?

 

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (20), em 1º turno, por 331 votos a favor e 168 contra, o texto-base da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), chamada de PEC da Transição.

O texto amplia o teto de gastos e, com isso, libera orçamento para que o governo eleito continue o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família no ano que vem.

A principal mudança feita pela Câmara foi no prazo de vigência da PEC para ampliar o teto de gastos, que passará a ser de apenas um ano, em vez de dois anos. A alteração foi bem recebida pelos investidores, que seguem atentos a eventuais sinais sobre o quadro fiscal brasileiro.

Outra mudança diz respeito às emendas de relator, conhecidas como “Orçamento Secreto”. As emendas, que antes eram designadas pelo relator do orçamento, terão o valor divido entre emendas individuais (decididas pelos parlamentares e impositivas) e orçamento destinado a ministérios (analisadas pelo governo).

A PEC ainda abre espaço para um reajuste do salário mínimo acima da inflação e determina que os investimentos estrangeiros deverão ser aplicados conforme teto de gastos.

Por ter sido aprovada com mudanças, a PEC terá de passar novamente pelo Senado .

Apesar de neste domingo (18) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, ter decidido que os recursos para bancar o Bolsa Família devem ficar fora do teto de gastos – regra fiscal que limita as despesas públicas–, a equipe do governo eleito permanece defendendo a aprovação da PEC.

 

No cenário internacional, a atenção dos investidores fica voltada para as novas flexibilizações das medidas da China contra a Covid-19. Tam Yiu-chung, delegado de Hong Kong no Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, disse acreditar que em breve será retomada a possibilidade de viagens sem quarentena.

“Apesar de possíveis perturbações acentuadas na economia devido ao impacto da Covid-19 a curto prazo, acreditamos que o crescimento econômico provavelmente se recuperará na comparação trimestral e ultrapassará 5% no ano completo de 2023, e os ativos de risco provavelmente terão um bom desempenho”, disseram analistas do CICC em nota, segundo a Reuters.

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/12/21/dolar.ghtml

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