Secretário da Receita se contradiz em post sobre greve de auditores

BRASÍLIA e SÃO PAULO

Não caiu bem entre os auditores a consulta feita pelo secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, à AGU (Advocacia-Geral da União) pedindo providências judiciais contra a greve dos servidores.

A paralisação ameaça os julgamentos do Carf, o conselho de recursos dos contribuintes, e coloca em xeque mais de R$ 90 bilhões em processos no momento.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conta esses recursos para o cumprimento da meta definida pelo arcabouço.

Em defesa de seu direito à greve, os auditores recuperaram um post de Barreirinhas de abril de 2017 em que o secretário escreveu o seguinte:

“Se você é contra [as reformas em curso à época] e quer protestar por meio da greve, mas tem medo de perder o emprego ou do possível corte de ponto, converse com seus colegas, amigos, sindicatos e mesmo advogado, porque deixar de exercer um direito fundamental por medo é simplesmente triste. Compreensível, mas triste.”

A contradição do secretário foi tema de uma live das entidades que representam a categoria: Sinfisco e Unafisco.

Em nota, a Receita Federal disse que Barreirinhas manteve contato constante com o Sindicato e com o presidente do CARF na última semana, reiterando o respeito ao direito de greve, mas salientando que ele não é absoluto, não podendo prejudicar a continuidade de serviços públicos essenciais. Segundo o órgão, é necessário manter um percentual mínimo de serviço em todas as unidades.

Com Paulo Ricardo Martins

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