Log-In planeja mais dois porta-contêineres operando em sua frota em 2024

A Log-In Logística Intermodal pretende seguir registrando recordes e demonstrando resiliência e a robustez dos negócios, além de diversificação. Na última quarta-feira (9), a empresa divulgou os resultados financeiros e operacionais referentes ao quarto trimestre de 2022. A companhia apurou lucro líquido de R$ 288,5 milhões, crescimento de mais de dez vezes comparado ao mesmo período de 2021. A receita foi beneficiada pela receita operacional líquida (ROL) da recém adquirida Tecmar (R$ 128,7 milhões), sem registro na mesma época.

Em 2021, a Log-In comprou dois porta-contêineres, que estão sendo construídos pelo estaleiro chinês Zhoushan Changhong. Com o valor de US$ 42,6 milhões, cada embarcação tem a capacidade nominal de 3.158 TEUs, o primeiro está com entrega prevista para fim de 2023 e estará operando já no início de março de 2024. De acordo com o diretor-executivo da Log-In, Marcio Arany, a companhia também adquiriu três navios Discovery, que estão em longo curso e, possivelmente, irão operar na cabotagem brasileira no segundo trimestre deste ano.

Em 2022, o grupo MSC comprou 67% da Log-In e entrou na cabotagem. Arany considera que a operação possibilitou que as duas empresas tivessem uma troca justa, o que foi benéfico para ambas. “Eles [MSC] são do ramo e nos agregam em troca de experiência, como divulgamos, procuramos trabalhar com eles na redução do custo que nós temos, dentro do que eles podem nos disponibilizar”, comentou Arany, nesta quinta-feira (9), durante teleconferência sobre os resultados da Log-In.

Para o diretor, a Log-In tem alguns desafios para 2023 como a movimentação do Terminal Vila Velha (TVV), no Porto de Vitória (ES), que depende fortemente do desempenho da economia mundial. Arany destacou a sinergia da Tecmar com outros negócios da companhia e o aumento da capacidade global na cabotagem.

“Na Tecmar, pretendemos começar a abrir novos negócios. Esse é o desafio, simples, mas trabalhoso. Vamos melhorar as operações atuais e ver novos negócios. Na cabotagem, temos esse aumento anunciado que pode ter pressão nos fretes, mas temos diversas alavancas e acreditamos que podemos trabalhar bem essa questão”, analisou Arany.

Felipe Gurgel, diretor comercial da Log-In, entende que a pressão dos fretes internacionais pode repercutir de alguma forma no transporte da empresa, mas a conversão de cargas do modal rodoviário é vista como um diferencial da Log-In. “Acho que essa oferta de capacidade certamente pressionará os níveis de frete médio, mas entendemos que todo trabalho de diferenciação, de atendimento, conversão rodoviária que possa ser feito, vai minimizar o impacto disso de alguma forma”, afirmou.

A companhia registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 191,2 milhões entre outubro e dezembro, o que representa avanço de 92,8% em relação ao mesmo período de 2021. O desempenho deste índice anual foi de R$ 576,2 milhões, com uma alta de 56% e na navegação costeira — o recorde histórico anual de Ebitda foi ajustado para R$ 446,2 milhões.

A companhia também teve um recorde histórico anual de ROL de R$ 2.067,0 milhões devido, principalmente, ao ROL de navegação, de R$ 327,3 milhões. O custo dos serviços prestados totalizou R$ 39,3 milhões no quarto trimestre de 2022, recuo de 0,4% em relação ao mesmo período de 2021.

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