Inflação da China fecha 2023 em 0,2%, menor aceleração em 14 anos

Folha de São Paulo – 9h3812.jan
A inflação da China terminou o ano com aumento de 0,2%, a menor aceleração desde 2009, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira (12).

Em dezembro, o país registrou deflação (redução nos preços) no índice de preços ao consumidor pelo terceiro mês consecutivo, o que levou a inflação a terminar o ano com alta de 0,2%. Já o índice de preços ao produtor de 2023 caiu 3%, marcando a queda mais acentuada desde 2015.

“A pressão deflacionária na economia chinesa continua, pois a demanda interna ainda é fraca. O setor imobiliário continua a pesar sobre a economia”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

Analistas esperam mais medidas de apoio no curto prazo para estimular a demanda. “É provável que o consumo aumente no Ano Novo Chinês, mas é necessário mais estímulo para impulsionar os gastos das famílias e eliminar a pressão deflacionária”, disseram analistas do UBS em nota.

Exportações sobem no mês, mas caem no ano

Ao mesmo tempo, as exportações da China cresceram em um ritmo mais rápido em dezembro, atingindo alta de 2,3% em relação ao ano anterior. Em novembro, o aumento foi de 0,5%. A performance superou a expectativa de analistas ouvidos pela Reuters, que estiveram uma melhora de 1,7%.

Apesar da performance, as exportações fecharam 2023 com queda de 4,6%, o primeiro resultado negativo no acumulado do ano desde 2016.

As importações tiveram alta de 0,2% em relação ao ano anterior, abaixo da previsão de um aumento de 0,3%, mas ainda revertendo a queda de 0,6% no mês anterior.

“Os dados melhores de exportação são impulsionados principalmente por semicondutores e eletrônicos, e a recuperação desse lado vem de uma retomada cíclica da demanda do consumidor no exterior”, disse Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit.

No ano passado, as exportações da China caíram pela primeira vez desde 2016.

(Fernando Narazaki, com informações da Reuters e AFP)

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