Goldman Sachs começa demissões em banco de investimento e mercados globais

Folha de São Paulo – 14h0511.jan
O Goldman Sachs começou a demitir funcionários nesta quarta-feira (11), com cerca de um terço dos afetados vindo da divisão de banco de investimento e mercados globais, disse uma fonte familiarizada com o assunto.

As demissões, que devem representar a maior contração no quadro de funcionários do banco norte-americano desde a crise financeira de 2007-08, deve afetar a maioria das principais divisões do Goldman, com o braço de banco de investimento enfrentando os cortes mais profundos, disse uma fonte à Reuters neste mês.

Pouco mais de 3 mil funcionários serão demitidos, disse a fonte, que não quis ser identificada. Outra fonte confirmou que os cortes começaram.

As demissões começaram na Ásia, onde o Goldman concluiu a redução da área de gestão de patrimônio e demitiu 16 funcionários em escritórios de Hong Kong, Cingapura e China, disse uma fonte com conhecimento do assunto.

Oito funcionários foram demitidos no departamento de pesquisa do Goldman em Hong Kong, disse a fonte, com demissões em andamento em banco de investimento e outras divisões.

Ainda havia poucos sinais da agitação iminente nos escritórios do banco em Nova York ou Londres.

Os planos do Goldman serão seguidos por uma revisão mais ampla dos gastos com viagens e despesas corporativas, informou o Financial Times, enquanto o banco dos EUA contabiliza os custos de uma desaceleração maciça nas negociações e uma queda na atividade dos mercados de capitais desde o início da guerra na Ucrânia.

O Goldman Sachs se recusou a comentar.

O banco tinha 49.100 empregados no fim do terceiro trimestre, depois de adicionar um número significativo de funcionários durante a pandemia.

O Goldman também está cortando pagamentos de bônus anuais para refletir as condições de mercado deprimidas, com pagamentos que devem cair cerca de 40%.

As taxas globais cobradas por serviços de banco de investimento caíram quase pela metade em 2022, para US$ 77 bilhões, ante US$ 132,3 bilhões obtidos pelo setor um ano antes, segundo dados da Dealogic.

Os bancos concluíram US$ 517 bilhões em transações no mercado de capitais em 2022, o nível mais baixo neste século e queda de 66% em relação a 2021, afirma a Dealogic.

(Reuters)

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