Frota offshore diminui após direcionamento de embarcações para apoio portuário

A frota de apoio marítimo em águas jurisdicionais brasileiras fechou maio com um total de 408 embarcações, 15 unidades a menos do que as 423 registradas em abril. A redução de frota em relação ao relatório anterior se deve principalmente à venda de 17 embarcações da associada Starnav para a empresa Saam Towage. As referidas embarcações serão empregadas no segmento de apoio portuário e, por esta razão, deixam de integrar a frota de apoio marítimo no Brasil, segundo o relatório mais recente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma).

Em relação a dezembro de 2015, quando a demanda começou a ser impactada pela retração no setor de petróleo e gás, foram desmobilizadas 185 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 107 de bandeira brasileira. Cerca de 71 embarcações, originalmente de bandeira estrangeira, tiveram suas bandeiras trocadas para o pavilhão nacional nesse período.

Das 408 embarcações da frota em maio, 89% correspondiam a unidades de bandeira brasileira (363) e 11% de bandeira estrangeira (45). O número total é o mesmo registrado em maio do ano passado, sendo que naquele mês havia 367 barcos de bandeira nacional e 41 de bandeira estrangeira. Em abril de 2023, a frota somava 379 embarcações de bandeira brasileira (90%) e 44 de bandeira estrangeira (10%).

Nem todas as unidades listadas na publicação estão em operação, pois o relatório inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, estar no mercado spot, em manutenção ou fora de operação. O relatório não considera embarcações dos tipos lanchas, pesquisa, nem embarcações com porte inferior a 100 TPB ou BHP inferior a 1.000. Os dados foram obtidos junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), à Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC), publicações especializadas e informações das empresas.

De acordo com a publicação, a frota em maio era composta por 47% de PSVs (transporte de suprimentos) e OSRVs (combate a derramamento de óleo), totalizando 191 barcos, duas a mais do que em abril. Outros 15% eram LHs (manuseio de linhas e amarrações) e SVs (mini supridores), que correspondem a 62 barcos. Os AHTS (manuseio de âncoras) somaram 56 unidades no período (14%), enquanto 25 barcos de apoio eram FSVs (supridores de cargas rápidas) e crew boats (transporte de tripulantes), 19 PLSVs (lançamento de linhas), 18 RSVs (embarcações equipadas com robôs) e 16 MPSVs (multipropósito). Os demais segmentos de supplies somam uma fatia de 5%.

A Bram Offshore/Alfanave continua sendo a empresa de navegação com mais embarcações, em operação ou aguardando contratação, com 67 unidades (6 são estrangeiras). A CBO, que opera 44 barcos de apoio, todos de bandeira brasileira, segue na segunda posição nesta última atualização. Segundo o relatório, 25 embarcações de bandeira brasileira faziam parte da frota da Wilson Sons Ultratug em abril, assim como nos meses anteriores de 2023.

Com o reposicionamento da Starnav, a frota da empresa passou a contar com 24 barcos de pavilhão nacional, mesma quantidade das frotas da OceanPact e da Tranship, também somente de bandeira brasileira. Na sequência vem a DOF/Norskan com 21 unidades (17 de bandeira brasileira e 4 de bandeira estrangeira). Já a Camorim tinha nesse período 17 unidades de bandeira brasileira em sua frota.

A frota da Bram/Alfanave, segundo o relatório, conta com 47 PSVs/OSRVs, 10 AHTS, dois PLSVs, dois RSVs, dois MPSVs, entre outras embarcações. A CBO é a empresa de apoio offshore que, em maio, tinha mais AHTS: 14 embarcações desse tipo. A Tranship foi a empresa no período com mais embarcações LH/SV: 22 unidades, seguida pela Camorim, com 16.

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