Dólar supera R$ 5,70, apesar de leilões do Banco Central; Bolsa cai

O dólar retomava o movimento de forte valorização na manhã desta terça-feira (4), quando a moeda atingiu a máxima de R$ 5,7080.

A divisa americana acompanha a valorização dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, que sobem em meio às expectativas de elevação dos juros prometida pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano) no final do ano passado. O aperto monetário é uma resposta à aceleração da inflação no país.

Às 10h46, o dólar estava cotado a R$ 5,7040, uma alta de 0,74%. Na véspera, havia subido 1,54%. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, recuava 0,43%, a 103.467 pontos.

O Banco Central prevê a realização de leilão de até 17 mil contratos de swap cambial tradicional nesta terça, segundo a agência Reuters.

Em dezembro, a autoridade monetária informou que iniciaria neste ano a rolagem de 282,3 mil contratos de swap cambial com vencimento em 2 de março de 2022, no montante de US$ 14,1 bilhões (R$ 79,4 bilhões).

A execução prevê a “realização de leilões diários de swap tradicional e compreenderá o período necessário para que todo o estoque vincendo em 2 de março deste ano seja renovado”, comunicou o Banco Central.

O cenário fiscal brasileiro colabora para a corrida pelo dólar, com investidores buscando proteção na moeda em meio à expectativa de aumentos de gastos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

Após confirmar aumentos para policiais federais, que fazem parte da sua base eleitoral, Bolsonaro enfrenta pressão de diversas categorias do funcionalismo. Servidores estão promovendo entregas em massa de cargos para protestar por reajustes.