Dólar opera acima de R$ 5,30 com aversão a risco internacional e tensões domésticas
Às 9h07 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,62%, a R$ 5,3018 na venda
SÃO PAULO
O dólar iniciava a segunda-feira (11) com fortes ganhos frente à moeda brasileira, indo acima de R$ 5,30 conforme novos casos de Covid-19 na China e ameaça de crise energética na Europa alimentavam temores de uma recessão global, com as crescentes tensões políticas e fiscais domésticas exacerbando o clima de aversão a risco.
Às 9h07 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,62%, a R$ 5,3018 na venda.
Na B3, às 9h07 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,79%, a R$ 5,3320.
No fechamento do mercado de câmbio doméstico na sexta-feira (8), o dólar comercial acumulou queda semanal de 1,01% frente ao real. A expectativa do aumento das exportações de commodities para a China foi um fator importante para o resultado.
Pequim anunciou na quinta-feira (7) um pacote de US$ 220 bilhões (R$ 1,16 trilhão) em investimentos em infraestrutura no país, segundo a agência Bloomberg.
A Bolsa de Valores brasileira acompanhou a volatilidade dos mercados globais. O índice de referência Ibovespa fechou a semana com alta de 1,35%.
Nos Estados Unidos, o S&P 500, referência da Bolsa de Nova York somou alta semanal de 1,94%.
Dados sobre a forte geração de empregos nos Estados Unidos concentraram as atenções. O país abriu 372 mil postos de trabalho no setor urbano em junho, bem acima da expectativa de 268 mil postos, conforme estimativa da agência Reuters.
O risco fiscal carregado com a PEC ajudou puxar para o alto as curvas de juros DI (Depósitos Interbancários) de curto prazo, revelando a aposta do mercado de que o Banco Central manterá a Selic em patamares elevados por mais tempo para enfrentar a inflação.
Ainda na última sexta, o euro caiu à sua menor cotação diária frente ao dólar em 20 anos. A moeda comum entre países da Europa fechou o dia valendo a US$ 1,0185, muito perto da paridade com a divisa americana.
No câmbio brasileiro, o euro à vista caiu 1,30% frente ao real neste pregão e fechou o dia valendo R$ 5,3615. A cotação ficou bem próxima à do dólar (R$ 5,2680).
O tombo da moeda europeia é mais um sinal dos temores de uma recessão mundial. O Banco Central Europeu também lida com a necessidade de elevar juros para reduzir a inflação e, assim como o Fed, precisa encontrar o ponto certo do aperto para frear a alta de preços sem que isso destrua a economia.
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