Dólar cai após Fitch elevar nota de crédito do Brasil

Bolsa recua com cautela antes de decisão dos juros nos EUA

Lucas Bombana SÃO PAULO

dólar opera em queda nesta quarta-feira (26), após a decisão da Fitch de elevar a nota de crédito soberano do país para BB.

Por volta do meio-dia, a moeda norte-americana recuava 0,31%, a R$ 4,7340 na venda.

Segundo a Fitch, a decisão reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado e a agenda de reformas, com o avanço da Reforma Tributária e do arcabouço fiscal no Congresso no governo Lula, e a reforma da Previdência e a independência do BC (Banco Central) nos anos anteriores.

Já a Bolsa de Valores oscila em queda, em sintonia com a sessão de maior aversão a risco global, com a atenção dos investidores voltada para a decisão sobre os juros nesta quarta nos Estados Unidos.
A expectativa é que o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) promova mais um aumento de 0,25 ponto percentual nos juros do país. A dúvida, porém, é se novas altas ainda serão necessárias neste ano.

Com isso, investidores buscarão pistas sobre o futuro da política monetária americana no comunicado do Fed, divulgado junto com a decisão sobre juros.

Nas Bolsas dos Estados Unidos, o Nasdaq operava em queda de 0,51%, enquanto o S&P 500 cedia 0,28%. O Dow Jones segui perto da estabilidade, com leve alta de 0,05%.

No Brasil, o Ibovespa operava em baixa de 0,22%, aos 121.742 pontos.

Além do ambiente global mais adverso, Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, diz que a queda do Ibovespa também decorre do fato de que as melhores apontadas pela Fitch para justificar a melhora no rating do Brasil já foram embutidas nos preços das ações pelos investidores durante as últimas semanas.

“A agência está reagindo a eventos que o mercado já reagiu”, diz Beyruti, acrescentando que o Ibovespa acumula alta acima de 10% em 2023.

Entre as maiores quedas do dia na B3, os papéis da MRV recuavam 3,75% e os da Azul cediam 3,69%.

Na ponta contrária, as ações do Carrefour subiam 7,3%, após a rede de supermercados reportar na véspera que as vendas líquidas cresceram 8,1% no segundo trimestre, para R$ 25,9 bilhões.

Também com ganhos expressivos, os papéis da Copel avançavam 4,3%, após a empresa lançar a oferta pública de ações que levará à sua privatização a partir da diluição da participação do estado do Paraná em seu capital.

A companhia estimou que o “follow on” pode movimentar até R$ 4,96 bilhões, mas alertou que há risco de cancelamento da operação devido a uma decisão pendente do TCU (Tribunal de Contas da União).

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