Dívida pública bruta do Brasil sobe a 75,7% do PIB em março, mostra BC

Dado representa aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior

Nathalia Garcia BRASÍLIA

A dívida bruta do Brasil subiu a 75,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em março, aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (6).

No total, a dívida bruta somou R$ 8,35 trilhões em março. De acordo com o BC, o resultado da dívida bruta se deve ao efeito dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 ponto percentual), do resgate líquido de dívida (redução de 0,2 p.p.) e da variação do PIB nominal (queda de 0,2 p.p.).

A tendência segue de alta para o endividamento público do país em 2024. Na comparação anual para os meses de março, houve aumento de 1,3 ponto porcentual decorrente principalmente da incorporação de juros nominais (aumento de 1,9 p.p.), da emissão líquida de dívida (elevação de 0,3 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (redução de 1,2 p.p.).

Já a dívida líquida, que desconta os ativos do governo, atingiu 61,1% do PIB em março (R$ 6,7 trilhões) –elevação de 0,2 ponto percentual do PIB no mês, segundo dados do BC. No ano, houve aumento na mesma magnitude.

A variação mensal é explicada pela autoridade monetária, de um lado, pelos impactos dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 ponto percentual), e, de outro, pelo efeito do ajuste de paridade da dívida externa líquida (redução de 0,1 p.p.), e da variação do PIB nominal (queda de 0,2 p.p.).

De acordo com a metodologia do BC, o setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de R$ 1,2 bilhão em março, ante déficit de R$ 14,2 bilhões no mesmo mês de 2023.

O montante engloba os resultados de governo central (governo federal, Banco Central e INSS), governos estaduais e municipais e empresas estatais. O saldo positivo significa que, no período, as receitas com impostos do setor público superaram as despesas, excluindo os juros da dívida pública.

Em março, o governo central teve um déficit de R$ 1,9 bilhão, conforme já tinha sido sinalizado pelo Tesouro Nacional, e as empresas estatais, de R$ 343 milhões. Os governos estaduais e municipais, por outro lado, tiveram superávit de R$ 3,4 bilhões.

No critério nominal, que inclui as despesas com juros, o resultado do setor público consolidado foi deficitário em R$ 63 bilhões em março. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 998,6 bilhões (9,06% do PIB).

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