Desemprego sobe em 16 unidades da federação no 1º trimestre
No Brasil, taxa de desocupação avançou a 8,8%, mas é a menor para o período desde 2015, diz IBGE
A taxa de desemprego subiu em 16 unidades da federação no primeiro trimestre de 2023, informou nesta quinta-feira (18) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nos outros 11 estados, o indicador ficou estável em relação aos três meses imediatamente anteriores. Os dados integram a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, que analisa tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal.
Na mesma base de comparação, o desemprego cresceu em todas as grandes regiões do país. O destaque foi o Nordeste, onde a taxa aumentou 1,4 ponto percentual, chegando a 12,2%.
Na média do Brasil, o desemprego subiu para 8,8% no primeiro trimestre deste ano, após marcar 7,9% nos três meses imediatamente anteriores. Apesar do avanço, o indicador é o menor para o primeiro trimestre desde 2015 (8%).
Além disso, segundo analistas, a recuperação do mercado de trabalho tende a perder velocidade em 2023. A projeção está associada ao cenário de desaceleração da atividade econômica em meio ao contexto de juros elevados.
Das 10 unidades da federação com desemprego mais elevado, 7 são estados nordestinos. Entre eles, destacam-se Bahia (14,4%) e Pernambuco (14,1%), com as maiores taxas do país. As menores foram registradas por Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).
Para Brito, essa diferença é associada à informalidade. “Bahia e Pernambuco, bem como a região Nordeste como um todo, têm um peso maior de trabalho informal [emprego sem carteira e conta própria sem CNPJ], o que torna a inserção no mercado de trabalho mais volátil, podendo gerar pressão de procura por trabalho”, diz a analista do IBGE.
Todos os estados do Norte e do Nordeste registraram taxas de informalidade maiores que a média nacional (39%). Os maiores percentuais foram registrados por Pará (59,6%), Amazonas (57,2%) e Maranhão (56,5%).
TAXA DE DESEMPREGO, EM %
UF | 1º tri.2023 | Situação |
Bahia | 14,4 | Estável |
Pernambuco | 14,1 | Em alta |
Amapá | 12,2 | Estável |
Rio Grande do Norte | 12,1 | Em alta |
Distrito Federal | 12 | Em alta |
Sergipe | 11,9 | Estável |
Rio de Janeiro | 11,6 | Estável |
Piauí | 11,1 | Em alta |
Paraíba | 11,1 | Estável |
Alagoas | 10,6 | Em alta |
Amazonas | 10,5 | Estável |
Maranhão | 9,9 | Em alta |
Pará | 9,8 | Em alta |
Acre | 9,8 | Estável |
Ceará | 9,6 | Em alta |
Brasil | 8,8 | Em alta |
São Paulo | 8,5 | Em alta |
Espírito Santo | 7 | Estável |
Tocantins | 6,9 | Em alta |
Roraima | 6,8 | Em alta |
Minas Gerais | 6,8 | Em alta |
Goiás | 6,7 | Estável |
Rio Grande do Sul | 5,4 | Em alta |
Paraná | 5,4 | Estável |
Mato Grosso do Sul | 4,8 | Em alta |
Mato Grosso | 4,5 | Em alta |
Santa Catarina | 3,8 | Em alta |
Rondônia | 3,2 | Estável |
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