Contração da indústria do Brasil perde força em novembro e confiança melhora, mostra PMI
Os dados da pesquisa mostram que o PMI industrial subiu a 49,4 em novembro de 48,6 em outubro, informou a S&P Global, ainda abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.
No entanto, foi o melhor resultado nos três meses seguidos de perdas, diante de uma criação sustentada de empregos, fortalecimento da confiança e recuos mais fracos nas vendas e produção.
A produção diminuiu pelo terceiro mês seguido em meio a questões de demanda e falta de novos trabalhos, mas o ritmo de perdas foi mais fraco do que em outubro. As novas encomendas de exportação, no entanto, recuaram com força.
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Confiança do setor industrial melhora no Brasil, aponta índice |
“Houve pontos de esperança nos últimos resultados na forma de declínios apenas marginais nas encomendas e produção”, disse Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.
Empresas que citaram vendas mais baixas falaram em tendêncas adversas de demanda, adiamento de encomendas e percepção entre os clientes de que os preços estavam altos demais.
A queda da produção e das novas encomendas levou a novo corte nas compras de insumos, já que as empresas focaram utilizar seus estoques, em vez de aumentá-los.
Além disso, houve novo aumento nos custos de insumos, ainda que a inflação tenha sido moderada, com os participantes da pesquisa relatando valores mais altos para vários itens agrícolas, como milho, frutas, arroz e açúcar, além de fertilizantes laticínios, carnes, metais, papel e plásticos.
Isso levou as empresas a elevar os preços cobrados em novembro, depois de sete meses seguidos oferecendo descontos.
Por outro lado, a confiança melhorou para uma máxima de quatro meses em novembro, com os participantes da pesquisa prevendo condições melhores da demanda no ano à frente. A perspectiva de lançamento de novos produtos, de investimentos e de novos cortes na taxa de juros também ajudou no otimismo.
Projeções positivas para demanda, adoção de novos processos industriais e esforços de reestruturação ainda mantiveram o emprego em território de expansão em novembro, no ritmo mais forte em mais de um ano.
(Reuters)
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