Bolsa passa a cair e caminha para novo recorde de quedas consecutivas
Dólar tem leve baixa no Brasil e no exterior com alívio na China
A Bolsa brasileira abriu em alta nesta quinta-feira (17), mas reverteu a tendência e passou a operar em leve queda, repetindo o desempenho do pregão de quarta (16), quando registrou o recorde de 12 sessões seguidas de baixas. No mês, o Ibovespa acumula baixa de 5,21%.
O movimento ocorre mesmo num ambiente externo favorável a risco, com alta em preços de commodities como petróleo e minério de ferro. Vale e Petrobras, as maiores da Bolsa, registravam altas significativas, mas foram ofuscadas por perdas do setor financeiro.
Já o dólar apresenta queda após indicações de que o banco central da China pode dar auxílio à economia do país, aliviando os temores globais que vinham apoiando a moeda americana ante outras divisas nos últimos pregões.
A queda recente do Ibovespa tem sido acompanhada pela saída de estrangeiros das ações brasileiras, com as vendas superando as compras em quase R$ 7,4 bilhões em agosto até o dia 14.
Mesmo assim, o Ibovespa apresentava dificuldade em firmar ganhos, numa sessão volátil, pressionado por perdas do setor financeiro. Itaú, Bradesco e BB Seguridade caíam 0,73%, 0,98% e 3,49%, respectivamente, e estavam entre as mais negociadas da sessão.
Os ativos locais também são afetados pelas curvas de juros futuros, que registram alta nesta quinta. Os contratos para 2025 iam de 10,51% para 10,54%, enquanto os para 2026 subiam de 10,04% para 10,14%.
No câmbio, o dólar registrava queda no Brasil e no exterior, em meio a alívio de investidores sobre a desaceleração da economia chinesa.
Em relatório sobre a implementação da política monetária do segundo trimestre, o Banco do Povo da China afirmou que “alavancará melhor as funções duplas das ferramentas agregadas e estruturais de política monetária e apoiará firmemente a recuperação e o desenvolvimento da economia real”.
A indicação do BC chinês surge após o país apresentar, nos últimos dias, uma série de dados econômicos considerados fracos, pressionando as moedas de países exportadores de commodities, como o real.
Com isso, o índice que mede o desempenho do dólar ante outras moedas fortes tinha queda de 0,11%, e a divisa também caía em países emergentes.
Nos Estados Unidos, os principais índices de ações mostravam fraqueza, enquanto investidores avaliavam a ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve, que mostrou que a maioria das autoridades tem uma visão agressiva sobre os juros. O S&P 500 e o Dow Jones permaneciam estáveis, enquanto o Nasdaq tinha queda de 0,39%.
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