Alta no petróleo impacta no preço do pneu novo, que é vendido pelo dobro do valor

O aposentado Laércio de Paiva viu o preço do pneu passar de R$ 250 para R$ 420.  Por isso, deixou de comprar quatro pneus para adquirir apenas dois.  “Quase dobrou”, justificou. Conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, em um ano a alta é de 28%.

“As vendas estão estáveis hoje. Ela teve um ‘boom’ de crescimento na pandemia. A questão do petróleo é um aumento mundial e, quando o petróleo no mundo sobe, puxa todos seus derivados. A borracha sintética subiu e, além dela, subiu todos os insumos que hoje são utilizados nos pneus novos. Então tudo isso contribui para que o preço do pneu suba”, disse.

Guimarães explica que o consumidor pode pagar mais barato pelo produto reformado ao invés de novo. De acordo com ele, o Brasil só perde para os Estados Unidos (EUA), quando se trata de reformadores de pneus do mundo.

No entanto, para Laércio, a alternativa não é uma boa opção.  “Eu não ponho no carro, porque eu já saí de Barbacena pra ir em Ribeirão Preto (SP) com dois pneus remold colocado com 10 dias. Quando cheguei lá em Alfenas um estourou, arrancou a recapagem, fiquei na estrada”, contou. Para ele, o pneu reformado serve apenas para quem “rodar por perto”.