Senado vai analisar projeto que altera política de preços da Petrobras

Casa aumenta pressão sobre o presidente da estatal, que é alvo de um requerimento de convocação

Folha de São Paulo – 3.nov.2021 às 23h00

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, presidida por Otto Alencar (PSD-BA), deve pautar nos próximos dias um projeto que propõe a alteração da política de preços da Petrobras para a venda de gasolina, diesel e gás liquefeito de petróleo.

Atualmente, a estatal utiliza a política de paridade internacional para precificar os combustíveis no Brasil. Uma proposição do senador Rogério Carvalho (PT-SE), por sua vez, pede que ela ocorra com base em cotações médias do mercado internacional, custos internos de produção e custos de importação.

“Outra inovação introduzida pelo projeto é a adoção de bandas de preços, que evitariam variações abruptas, limitando os repasses dentro de determinado período. O mecanismo seria regulamentado por ato do Poder Executivo e consistiria da definição de limites para a variação dos preços em determinado período”, afirma Carvalho.

O envio do projeto de lei para a Comissão de Assuntos Econômicos foi acertado nesta quarta (3) com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele aumenta a pressão do Senado sobre o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, que é alvo de um requerimento de convocação para explicar a composição dos preços —a petição deve ser pautada por Otto Alencar na próxima terça-feira (9).

CÂMBIO

“Não há como a Petrobras estar exportando petróleo cru lá para fora e o povo pagar em dólar”, afirma Otto Alencar. “Você paga funcionários em real, você paga custeio em real, transporte em real, energia em real. Por que tem que botar o preço de paridade internacional em dólar? Alguma coisa está errada nisso”, segue o presidente da comissão.

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