Comissão Europeia debate plano da UE para implementar economia circular em itens do dia a dia
Fast fashion é um dos alvos dos delegados europeus, que pretendem estipular regras para que produtos sejam mais duráveis e recicláveis
Por Sabrina Neumann, do Um Só Planeta – Pixabay
Uma vez promulgados, os planos podem levar a uma economia de energia equivalente a um ano de importações de gás natural russo do bloco até 2030, de acordo com Virginijus Sinkevicius, Comissário para o Meio Ambiente da UE, informa a Bloomberg Green.
“Desta forma, protegemos a nós mesmos e nosso planeta. Construímos resiliência em nossas cadeias de suprimentos e economizamos dinheiro. Nosso objetivo é garantir que diminuamos nossa dependência de recursos naturais, que realmente não temos na Europa. Queremos garantir que a economia circular se torne a norma”, afirmou Sinkevicius.
A Comissão vai propor legislações secundárias para elaborar critérios de concepção específicos para diferentes os grupos de produtos. Os primeiros setores serão anunciados este ano e provavelmente seriam os mais intensivos em termos ambientais, como aço, móveis e pneus, segundo Sinkevicius.
O comissário vai viajar para a Ásia na próxima semana para se reunir com autoridades do Japão, Indonésia, Malásia e Índia e discutir os planos europeus. As propostas do bloco devem ser compatíveis com as regras da Organização Mundial do Comércio.
“Os produtos que usamos todos os dias precisam durar. Se os produtos quebrarem, devemos consertá-los. Um smartphone não deve perder sua funcionalidade. As roupas que usamos devem durar mais de três lavagens e também devem ser recicláveis”, disse ao The Guardian o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo acordo verde da UE, Frans Timmermans.
O europeu médio joga fora 11 kg de roupas, sapatos e outros produtos de tecido todos os anos. Os produtos têxteis são o quarto maior emissor de gases de efeito estufa, depois de alimentos, habitação e transporte, além de consumir grandes quantidades de água e matérias-primas. Se as propostas forem aprovadas, poderão ter um grande impacto em todo o mundo, já que quase três quartos dos itens de vestuário e dos produtos têxteis domésticos consumidos na UE são importados.
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!