Veja os produtos que mais subiram de preço no ano passado

Entre as maiores altas em 2021 estão vários itens ligados aos transportes, como etanol, gasolina, diesel e pneus

Portal Terra – Daniela Amorim – 11 jan202215h06 – | atualizado às 15h34

Andar de carro e tomar um cafezinho ficaram muito mais caros no ano passado. Etanol, gasolina, café e açúcar estão entre os itens que tiveram a maior elevação de preços no ano passado, quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 10,06%, a taxa mais elevada desde 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação aos carros, também estão na lista das maiores altas o óleo diesel, gás veicular, transporte por aplicativo e pneu. E, entre os alimentos, a mandioca, pimentão, mamão, fubá, filé mignon e frango.

Os demais vilões do orçamento das famílias no ano foram automóvel novo (alta de 16,16% e impacto de 0,48 ponto porcentual); gás de botijão (36,99% e 0,41 ponto); etanol (62,23% e 0,41 ponto) e refeição fora de casa (7,82% e 0,29 ponto).

Custos maiores

A inflação elevada no País em 2021 foi resultado, sobretudo, de uma pressão de custos, avaliou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. A melhora da pandemia, possibilitada pelo avanço da vacinação da população contra a covid-19, resultou em recuperação da demanda no segundo semestre, mas os aumentos de preços monitorados pelo governo foram preponderantes no ano, como combustíveis, energia elétrica e gás de botijão.

“Teve alta da demanda, principalmente no segundo semestre, pelo aumento da circulação de pessoas, melhora da pandemia, mas alguns setores ainda têm sofrido bastante. Inclusive agora, com a variante ômicron, talvez alguns setores que estão em recuperação podem ter algum prejuízo, como é o caso das passagens aéreas”, disse.

O pesquisador lembra que houve melhora recente no emprego, mas o rendimento real do trabalhador permanece deprimido, “o que diminui o poder aquisitivo das pessoas”. “O segundo semestre teve retomada de fato da demanda, mas não dá pra falar ainda em retomada econômica de fato”, resumiu.

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